Notícias » ANFIP Entidade exige continuidade da proteção social dos brasileiros
O presidente da ANFIP, Vilson Antonio Romero, participou nesta quarta-feira (13) de debate na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, da Câmara dos Deputados, sobre a reforma da Previdência. A audiência pública foi solicitada pelo presidente do colegiado, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), e fez parte de uma série de discussões realizadas pela comissão sobre o tema.
Romero falou da preocupação da Entidade com a continuidade de um sistema que é superavitário e com a garantia da proteção social a milhões de trabalhadores. “Há mais de quinze anos a ANFIP faz o estudo da Previdência Social e tem mostrado que é falso o argumento do deficit”, disse, ao fazer o contraponto do principal argumento usado pelo governo para justificar as propostas de reforma.
“[Se aprovadas as mudanças defendidas pelo governo interino] Lamentavelmente, daqui a pouco a Previdência vai ser um programa de renda mínima. Atualmente, 70% dos benefícios são iguais ao salário mínimo. Nenhuma reforma veio para melhorar a vida do cidadão. Sempre veio para reduzir direitos, inclusive, diminuindo qualidade de vida das pessoas”, criticou. Romero acrescentou que a ANFIP, em conjunto com as centrais sindicais, já protocolou no Palácio do Planalto propostas para melhoria da Previdência, focadas no custeio do sistema (confira aqui).
O dirigente também discordou da Desvinculação de Receitas da União (DRU), que, se tiver a prorrogação aprovada no Legislativo, pode representar a retirada de R$ 120 bilhões por ano dos recursos destinados aos programas sociais. “A DRU retiraria 30% das contribuições sociais para o livre arbítrio do governo”, lamentou, lembrando que o modelo de proteção da Seguridade Social está na Constituição Federal e precisa ser preservado.
Além do presidente do colegiado, também estiveram no debate os deputados Leandra Dal Ponte (PV/PR) e João Marcelo Souza (PMDB/MA), e os palestrantes Fábio Henrique Granja e Barros, secretário da Secretaria de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social do Tribunal de Contas da União, que apresentou os aspectos culturais e demográficos da Previdência Social; e Mauro Silva, consultor legislativo da área de Orçamento, que falou sobre a evolução da expectativa de vida da população brasileira e da taxa de fecundidade como fatores que reorganizam a questão previdenciária.
Fonte: http://www.anfip.org.br/informacoes/noticias/Entidade-exige-continuidade-da-protecao-social-dos-brasileiros_14-07-2016